Lista de bom pagador começa a ser feita | |
Bancos iniciam hoje alimentação do
Cadastro Positivo, que pretende reduzir juros para quem tem contas em
dia
Benefício a consumidor, porém, não deve
ser imediato; criação de histórico de dados deve levar ao menos 6
meses
VIVIAM NUNES
DE SÃO PAULO Os bancos brasileiros começam a alimentar hoje o chamado Cadastro Positivo, banco de dados que vai reunir o histórico dos pagamentos feitos em dia por consumidores --como empréstimos, crediários e até contas de consumo, como água e luz.
A perspectiva é que esse cadastro ajude os bons
pagadores a conseguir juros menores em compras e financiamentos. A implementação
segue cronograma do CMN (Conselho Monetário Nacional), que regulamenta o
sistema, criado em 2011. Administradoras de consórcio conseguiram prorrogar o
prazo para começar a enviar os dados para junho de 2014.
Na prática, porém, ainda vai levar algum tempo
para que o instrumento possa beneficiar os consumidores.
De acordo com Ricardo Loureiro, presidente da
Serasa Experian, uma das empresas de informações financeiras que vão operar o
novo cadastro, deve levar seis meses para que seja possível produzir avaliações
sobre o perfil de crédito dos clientes.
"É preciso ter uma base de dados relativamente
grande", disse Loureiro. "Cerca de 1 milhão de consumidores já autorizaram a
abertura do cadastro na Serasa, o que é um número pequeno."
Para Dorival Dourado, presidente da Boa Vista,
outra empresa de informações financeiras que vai operar o banco de dados, são
necessários cerca de três anos para que benefícios sejam percebidos --mesmo
horizonte previsto pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O consumidor que quiser autorizar sua inclusão no
cadastro pode procurar tanto a instituição financeira na qual tem conta quanto
as empresas gestoras de banco de dados como Serasa Experian, Boa Vista e SPC
Brasil.
Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da
Proteste, associação de defesa do consumidor, porém, afirma que ainda não há
clareza sobre as regras de compartilhamento das informações.
"O consumidor não tem segurança sobre se seus
dados serão vendidos a empresas interessadas, por exemplo."
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Fonte: Folha de S.Paulo |
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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